segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Paixão Surreal

ácido rubi que (se) revolve
bomba de energia, explosão!
lava viva brota
de fruto que não nasce
mas furta a cor da alma
e ascende o corpo, acende a cara
dissipa o pulso e a paz
e repousa no olhar que (se) dissolve

Débora Aligieri

Imagem: tela "A Rosa", de Salvador Dalí

sábado, 20 de julho de 2013

O DNA DE SIMONE WEIL


Poema integrante da instalação Metaxu EM OITO



Bate papo com as idealizadoras do projeto - Thais Simi, Helena Magon e Silvana Ivaldi - em 22 de julho (segunda-feira), às 19h30, na SP Escola de Teatro - Sede Roosevelt Praça Roosevelt, 210 • São Paulo|SP Tel: 11 3775.8600. EVENTO ABERTO AO PUBLICO.

Links da instalação:
Site 

Link do processo de construção do poema: O DNA DE SIMONE WEIL

domingo, 7 de julho de 2013

Sobre a "importação" de médicos para os rincões do Brasil, na opinião de um profissional da área

Conversa com a Dra. Tarsila Silva, médica dermatologista especializada pela Fundação Souza Marques, graduada pela Universidade de Medicina de Vassouras/RJ, que trabalha no Centro Médico Cidade Jardim, na cidade de São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo.

Débora Aligieri: O que você acha da "importação" de médicos para o Brasil, sob a perspectiva de um profissional da área de medicina?

Tarsila Silva: Em relação ao meu trabalho, não haverá mudança alguma. Particularmente, o paradoxo está no fato de que eles serão designados a trabalhar em locais sem infraestrutura. E serão subordinados ao Ministério da Saúde, não ao CFM (Conselho Federal de Medicina). Ou seja, não terão a mesma responsabilidade ética e jurídica de um médico brasileiro.

Os médicos não ficam nestes locais por absoluta falta de estrutura, tenho muitos amigos que tentaram retornar às cidades de origem, mas não encontraram condições de trabalho.
Não há equipamento e medicamentos, nem mesmo para emergência. Nosso código de ética diz que ao aceitarmos trabalhar num local sem infraestrutura, somos responsáveis também. Ninguém quer perder o diploma.

Não preciso ir longe. Faço ambulatório de Oncologia cutânea em Dois Irmãos, uma cidade próxima a Porto Alegre, colônia alemã. No hospital, não há respirador. Para entubar e transferir um paciente, eles usam um bambu. Independente de ser brasileiro ou cubano. Isto é o mínimo com que eles irão lidar.

Outro aspecto são as promessas de salários "astronômicos" de prefeituras do interior. O médico vai com um contrato verbal, não recebe por uns dois/três meses. Renegociam e continuam não pagando. Até que o profissional prefira ir embora mesmo.

Débora Aligieri: Por isso queria conversar com alguem da área. Ouvimos muita gritaria na mídia e nas redes sociais, e nao se fala o que é realmente importante.

Tarsila Silva: Esta atitude vai "tapar o sol com a peneira". Nosso real problema é infraestrutura. Eu tenho uma colega que deu plantão na Santa Casa de Santa Branca, ao lado de Jacareí (ambas cidades da região do Vale do Paraíba, interior do Estado de São Paulo). Quando o paciente chegou parado, além dos medicamentos (adrenalina) estarem vencidos, o carrinho de parada não funcionava e teve que ambuzar o paciente por todo o trajeto. Fomos longe? Nada... Na esquina! Eu optei por outra forma de trabalho para oferecer algo melhor e ser melhor. Tive fobia e pânico trabalhando em emergência.

Débora Aligieri: Não deve ser fácil mesmo...

Tarsila Silva: E ainda fui coordenadora de serviço de emergência, em hospital particular. Com toda infraestrutura. Mas os planos de saúde acabaram com a medicina...

Débora Aligieri: Com a medicina e com os usuários...

Tarsila Silva: Eu brinco que as operadoras (de plano de saúde) fazem poupança sem juros para nós...

Débora Aligieri: Outro dia uma cliente, senhora de 62 anos, me ligou chorando porque o plano de saúde está custando metade da aposentadoria dela.

Tarsila Silva: Tenho um amigo médico, usando Mabthera, o famoso medicamento que a Dilma usou no Sírio. O plano não liberou, o SUS não paga. Cada aplicação, somente deste medicamento, custa 9 mil reais.

Débora Aligieri: Outro dia estava conversando com um médico que faz laudos para o Conitec, o Conselho de Novas Tecnologias do Ministério da Saúde que negou a inclusão do mabthera para fornecimento pelo SUS. Ele me disse que a idéia do Ministério da Saúde é criar um provimento dizendo que, se o Conitec negar, o plano de saúde nao precisa pagar. Aqui em São Paulo, o Tribunal de Justiça sempre acolhe os pedidos judiciais de cobertura do tratamento com o mabthera pelos planos de saúde. Agora, se esse provimento for criado, ai os planos não poderão ser obrigados a pagar o tratamento pela via judicial.

Essa é uma forma indireta de desestimular o pedido das empresas de inclusão do medicamento no SUS, porque fica o receio de negativa dupla (pelo SUS e pela via privada, através dos planos de saúde). Então, essas empresas nao entram com o pedido no Conitec. 
 
E tem uma estastistica muito bizarra de aceitação desses pedidos pelo Ministério da Saúde: até hoje, houve 17 pedidos de órgãos públicos no Conitec, 16 foram aceitos (apenas um negado); já da iniciativa privada, houve 40 pedidos, 1 aceito, os outros 39 negados.

Tarisla Silva: É... A situação da saúde é muito precária. Falando assim, de maneira lúcida, a gente vê que é evidente que não é trazendo médicos que a saúde vai mudar...

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Sou Simone Weil

Sou mulher com W maiúsculo. Feminino. E masculino. O corpo e a alma. O ser em todas as suas seqüências. The third book. Sou Metaxu em Oito, sete, seis, cinco, quatro, três, Dueseqüência 1. For seven to eight. Sou tudo e todos. O todo e a parte. Tronco e membros. Sou a mão que te alimenta. E que te apedreja. Sou as pedras e os rios, o céu e o sol. As manhãs e as noites. Sou uma tarde de outono no espaço. E no chão. Sou o asfalto e o campo. A cidade. Sou o passeio público. Sou o Parque Shangai. E Paris, Marselha, Londres, Barcelona. E New York. Sou a paisagem. As nuvens e as chuvas. Sou a gravidade e a graça. A leveza e a dureza. A dor. Na saúde e na doença. The sick rose. A infância e a velhice. Sou a virgem de vermelho. A prostituta de branco. Sou tudo e nada. Deus e o diabo na linha de frente da batalha. Sou o século XX. Sou Simone Weil.

Débora Aligieri 
Texto produzido para a exposição "Metaxu EM OITO", baseada em projeto homônimo de Thais Simi, Helena Magon, Silvana Ivaldi. Mais informações em: Metaxu EM OITO e METAXU EM OITO

sábado, 22 de junho de 2013

Um bonde chamado desejo

Polícia para quem precisa de polícia.
Aqui em São Paulo, a polícia não agiu com respeito algum em relação aos manifestantes, ferindo e prendendo vários deles, e ainda diversas pessoas que não participavam do protesto, inclusive jornalistas que cobriam o evento, o que não difere de sua cotidiana atuação nas periferias da Capital, pautada pela perseguição sistemática a pessoas negras (quando teve início a discussão das cotas para negros nas universidades, mediante autodeclaração como negro, as pessoas diziam que não era possível saber quem era negro ou não, e a "piada" girava em torno da seguinte frase: para saber, pergunte à polícia, eles sabem quem é negro e quem não é). A novidade desta vez, foi que brancos também foram perseguidos.

A polícia de São Paulo é violenta, e continuou assim durante os protestos. Aliás, a mobilização massiça ocorreu justamente depois do protesto do dia 13/06, por causa da reação antidemocrática da polícia militar de São Paulo. Da janela da minha casa, assisti os manifestantes passando pacificamente entre os carros, sem qualquer violência contra os motoristas ou contra as pessoas na rua (inclusive gritavam "sem violência"). Os policiais, por sua vez, seguiam os manifestantes lançando bombas de gás lacrimogênio, e "descendo a porrada" em quem estivesse pra trás. Um jornalista foi preso no dia 13 por carregar vinagre (que ameniza os efeitos do spray de pimenta quando inalado) na mochila. Assim, não se espera que uma pessoa atacada aja docilmente. Não é possível generalizar e dizer que todos os manifestantes que depredaram bens públicos agiram apenas para se defender, mas o fato é que sim, alguns deles utilizaram dessa manobra (sem juízo de valor sobre certo ou errado) como defesa. Alguns não, mas entre eles havia muitos policiais à paisana (chamados de P2), e tinha até um jovem filho de um empresário de empresa de ônibus, que iniciou um ataque à sede da Prefeitura de São Paulo, defendida por um cordão de isolamento por outros manifestantes. Neste caso, a polícia nada fez!


Cidadãos anônimos

Não estou tão otimista, embora considere que essas manifestações representam uma vontade legítima de participação popular nos destinos da nação. O fato é que, depois do pleito de redução da tarifa de ônibus, que já era bem cara aqui na Capital antes do aumento, os demais pleitos não tem objetividade alguma, e descambam para o esvaziamento do processo democrático (por exemplo, as propostas de impeachment da presidenta Dilma Roussef e do Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin). Protestar contra a corrupção é o mesmo que protestar contra a pobreza. Ora, ninguém é a favor da corrupção, mas qual o pleito?

Elevou-se à condição de representante do movimento o grupo Anonymous, que nada fez senão aproveitar-se da organização do Movimento Passe Livre (MPL), este sim com pleitos objetivos - redução da tarifa (a idéia, na verdade, é isenção de tarifa, conforme um projeto antigo da ex-prefeita Luiza Erundina) e melhoria do transporte público - para colocar na pauta de reivindicações uma série de pedidos que não se destinam ao Poder Executivo, mas ao Legislativo, e que mesmo assim são bastante descabidos. Um deles, que é a eliminação da PEC 37 (Proposta de Emenda à Constituição) é um verdadeiro grito vazio. A proposta, que pretende restringir as investigações de crimes à responsabilidade da polícia, ainda não foi votada, e necessita ainda de amplo debate pela sociedade. Eu, que sou advogada, tenho lido muitos artigos contra e a favor desta proposta, e ainda não firmei uma posição. O principal argumento de quem é a favor (inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil) é que o Ministério Público, sendo o autor da ação penal, retiraria do processo a igualdade de oportunidades entre acusação e defesa, pois estaria conduzindo as investigações para provar sua tese acusatória. Acho válido o argumento, mas, por outro lado, existe a questão do alto índice de corrupção policial. Então, a questão não é tão simples assim, mas como a proposta foi tendenciosamente apelidada de "PEC da impunidade", recebeu grande adesão contrária à sua aprovação.

Quanto ao anonymous, minha questão é bem simples: se não confiamos tanto nem em pessoas que conhecemos, o que dizer então de pessoas que não fazemos a mínima idéia de quem são? Onde está a transparência tão defendida nos pleitos? Quer dizer, vale só para algumas pessoas?

Heil Hitler!

Há, inclusive, um incentivo à falta de organização, já que bandeiras de partidos políticos foram queimadas e hostilizadas durante os protestos, bandeiras de movimentos negros foram igualmente hostilizadas, e dos movimentos dos sem-terra (sempre chamados de vândalos porque, da mesma forma que estes protestos, tentavam chamar a atenção parando a cidade). E muitas dessas bandeiras foram queimadas por neo-nazistas, que estendiam seus braços na Av. Paulista como se Hitler lá estivesse.


Um bonde chamado desejo

Vejo assim uma conquista e uma derrota: a conquista da credibilidade no poder dos cidadãos de exigir seus direitos, e a derrota de presenciar que estes mesmos cidadãos não sabem diferenciar direitos de vontade, sendo facilmente manipuláveis, para fazer pressão, democrática ou não.

Débora Aligieri

mais debates em: Diário de um Sociólogo

sábado, 1 de junho de 2013

DUO - estudo em vídeo (ou vídeo em estudo)

Estudo em vídeo para o fonograma DUO, de Silvia Vasconcellos, a partir do poema homônimo meu e da Rita Alves. O vídeo definitivo será feito pelo cineasta Patrício Salgado.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

DUO

DUO é um projeto de parcerias poético-criativas da poeta e historiadora Rita Alves, com a participação de 10 poetas convidados para dar continuidade ao texto proposto. Este tem a minha participação (a primeira estrofe é da Rita e a segunda é minha). A tela abaixo é de Laura Salgado



Parte de mim a primeira linha artefato transparente de passado.
Rasgos de papéis translúcidos no écran do espaço.
O inicial golpe lacerante do desejo-arte a fome dentro dos olhos arde.
Têmporas dilatadas de vontade e pincéis sobre as letras colorindo as cinzas das palavras.
Vertigens de letras, pés envoltos em seu corpo e o voo sobre as montanhas, o horizonte das gaivotas entrando pelos lábios.
Unhas em suas costas lâminas e cais - nocivas embarcações e viagens de descobrimento.
O caminho das especiarias, sedas e escravas sorrindo após o êxtase.

Mas parte de mim também outra linha ornato rubro de presente
Costuras de novas telas violáceas no coração parapeito
O terminal enlace golpeante da arte-desejo a sede dentro dos olhos molha
Palavras dilatadas de linguagem e nuvens sobre as têmporas tingindo a clareza das vontades
Viagens de letras, corpo envolto em suas mãos e a queda sobre as pedras, a cachoeira dos sentimentos escorrendo pelos póros
Dedos em suas costas lábios e caos - antigas migrações e vertigens de descobrimento
O descaminho das especiarias, sedas e escravas chorando após a liberdade.

Rita Alves e Débora Aligieri

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Utilizando o sensor para evitar hipoglicemias (sem hiperglicemias posteriores)

Assintomática que sou, instalei a bomba de infusão de insulina com o monitoramento contínuo através do sensor principalmente para evitar hipoglicemias severas. No início da utilização do sensor, entretanto, tive alguns problemas após os avisos de hipoglicemia, com elevação da glicemia após a correção da hipo.

Conforme sugestão do manual da bomba, ajustei o padrão do sensor para me avisar quando a glicemia ficasse abaixo de 70mg/dl. Assim, quando o sensor verificava que a glicemia estava abaixo desse valor, apitava. Eu consumia 15 gramas de carboidrato, e 15 minutos depois o sensor apitava novamente, dizendo que a glicemia permanecia baixa. Eu consumia mais 15 gramas de carboidratos a cada novo apito. Depois de uns 45 minutos, a glicemia se elevava para cima de 200mg/dl, e eu tinha que fazer bolus de correção.

Relendo o manual mais atentamente, percebi que no capítulo sobre padrões do sensor a empresa indica que, para casos de hipoglicemias constantes e severas, é melhor deixar o padrão um pouco mais elevado, pois antes mesmo da glicemia cair é possível tomar as providências para evitar a hipoglicemia. Assim, mudei o padrão para que o sensor me avisasse quando a glicemia estivesse abaixo de 85mg/dl. Melhorou bastante, mas mesmo assim, depois de 15 minutos, a bomba continuava apitando, e eu consumia mais carboidratos, e depois a glicemia subia para perto de 180mg/dl.

Com o tempo, percebi que quanto mais baixo o valor atingido pelo sensor, mais ele demora para reconhecer o restabelecimento da glicemia ao padrão de normalidade. Se na ponta do dedo conseguimos verificar que a glicemia voltou ao normal após 15 minutos, respeitando o "delay" da bomba, é preciso esperar uma meia hora para saber se a glicemia está normal, ou, após 15 minutos, medir na ponta do dedo, o que é indicado quando a glicemia chega próxima a 50mg/dl, porque, nesse caso, ela demora mais de meia hora para apontar os valores reais. Fazendo dessa forma, consegui evitar hiperglicemias posteriores à correção de hipoglicemias.

Quanto às hiperglicemias, meu padrão inicial de aviso era quando a glicemia superasse 180mg/dl, mas nesse nível já era tarde para fazer a correção com insulina, e a glicemia acabava superando os 230mg/dl. Assim, mudei o valor máximo para 150mg/dl, passando a bomba a me avisar sobre hiperglicemias quando chegasse a 151mg/dl. Também melhorou bastante, pois, se houver insulina ativa, a bomba não dá o bolus de correção, avisando que logo a glicemia se restabelecerá. Se não houver insulina ativa, a bomba faz uma pequena correção, e a glicemia não ultrapassa os 170mg/dl.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Saúde: uma boa idéia!

Detalhe do relógio da Unidade Básica de Saúde do Munícpio onde retiro minhas fitas para medidas de glicemia:



sábado, 12 de janeiro de 2013

Retrocesso no tratamento de diabetes pelo SUS em Jacareí

Logo no início da sua segunda gestão como Prefeito da Cidade de Jacareí, interior de São Paulo, Hamilton Mota (PT) cortou o fornecimento da insulina "lantus" (glargina) que vinha ocorrendo de forma pardonizada na cidade, e substituiu pela insulina NPH.

Os remédios fornecidos pelo SUS, conforme protocolo de diabetes, não incluem a insulina glargina (lantus). A insulina fornecida, NPH, foi processada na década de 40. Essa insulina apresenta picos de atuação em que os efeitos são mais fortes, sujeitando o doente `a obrigatoriedade de comer a cada 3 horas, sob pena de sofrer os efeitos da hipoglicemia, com tremores, tontura, e outros sintomas, que chegam à inconsciência por convulsão.

A insulina glargina (lantus), processada a partir de DNA recombinante, não tem picos de atuação. A partir de tecnologia moderna, o diabético se aproxima do funcionamento do corpo de uma pessoa normal. As hipoglicemias são evitadas, os desníveis (para cima e para baixo) também são evitados. Juntamente com as medidas de glicemia, os problemas mais graves são evitados.

Durante a campanha eleitoral, o prefeito Hamilton Campos destacou que, se eleito, focaria na área da saúde em seu mandato. Em menos de um mês, sua promessa foi quebrada. O fornecimento de insulina NPH, em substituição à lantus é um retrocesso, jurídico e médico.

Para lutar contra esse corte e pleitear o retorno do fornecimento da lantus, a Associação Jacareiense de Diabéticos, através de sua representante Maristela Prilips, pede o apoio de todos os diabéticos para fazer uma manifestação contra a medida. Contato: Rua Arkansas, 67 - Jd. Flórida - Fone 3023- 7625.

Em 2009 participei da Audiência Pública sobre Saúde no STF, quando deixei registrado meu testemunho sobre as dificuldades que tive com o tratamento com a NPH, e como o controle da doença melhorou com a utilização da insulina lantus: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/processoaudienciapublicasaude/anexo/tratamento_do_diabetes.pdf

Atualmente utilizo a bomba de infusão de insulina, ainda melhor que a lantus, e muito próxima de um pâncreas artificial. Espero que um dia o protocolo do SUS seja atualizado, contemplando todas essas terapêuticas. Enquanto isso não acontece, temos que lutar para tornar efetivo nosso direito à saúde e à vida!

Uma das formas de lutar é não votar em quem prejudica o tratamento dos diabéticos. Conforme estatísticas, somos 12% da população brasileira. Se o atual prefeito de Jacareí perdesse os votos de 12% de seus eleitores, certamente pensaria melhor antes de tomar uma medida como essa.