segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A morte do amor

Quando meus ossos chegarem ao chão

E a terra encobrir meu corpo doente
O amor que me levou a sanidade
Haverá de se manter tão latente
Que suplante a dor do meu coração
.
Quando enfim me encontrar na contramão
E a mulher que fui se mostrar carente
O amor que almejava a eternidade
Haverá de seguir contra a corrente
Que ganhe força na destruição
.
Quando me parar a circulação
E a carne ser aos vermes atraente
O amor que me curou a enfermidade
Haverá de ser ao solo aderente
Que enterre em vida a final emoção

Débora Aligieri
Poema publicado na Revista Autor de dezembro


Louis Boulanger, Fantasmas

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