Logo no início da sua segunda gestão como Prefeito da Cidade de Jacareí, interior de São Paulo, Hamilton Mota (PT) cortou o fornecimento da insulina "lantus" (glargina) que vinha ocorrendo de forma pardonizada na cidade, e substituiu pela insulina NPH.
A insulina glargina (lantus), processada a partir de DNA recombinante, não tem picos de atuação. A partir de tecnologia moderna, o diabético se aproxima do funcionamento do corpo de uma pessoa normal. As hipoglicemias são evitadas, os desníveis (para cima e para baixo) também são evitados. Juntamente com as medidas de glicemia, os problemas mais graves são evitados.
Os remédios fornecidos pelo SUS, conforme protocolo de diabetes, não incluem a insulina glargina (lantus). A insulina fornecida, NPH, foi processada na década de 40. Essa insulina apresenta picos de atuação em que os efeitos são mais fortes, sujeitando o doente `a obrigatoriedade de comer a cada 3 horas, sob pena de sofrer os efeitos da hipoglicemia, com tremores, tontura, e outros sintomas, que chegam à inconsciência por convulsão.
A insulina glargina (lantus), processada a partir de DNA recombinante, não tem picos de atuação. A partir de tecnologia moderna, o diabético se aproxima do funcionamento do corpo de uma pessoa normal. As hipoglicemias são evitadas, os desníveis (para cima e para baixo) também são evitados. Juntamente com as medidas de glicemia, os problemas mais graves são evitados.
Durante a campanha eleitoral, o prefeito Hamilton Campos destacou que, se eleito, focaria na área da saúde em seu mandato. Em menos de um mês, sua promessa foi quebrada. O fornecimento de insulina NPH, em substituição à lantus é um retrocesso, jurídico e médico.
Para lutar contra esse corte e pleitear o retorno do fornecimento da lantus, a Associação Jacareiense de Diabéticos, através de sua representante Maristela Prilips, pede o apoio de todos os diabéticos para fazer uma manifestação contra a medida. Contato: Rua Arkansas, 67 - Jd. Flórida - Fone 3023- 7625.
Em 2009 participei da Audiência Pública sobre Saúde no STF, quando deixei registrado meu testemunho sobre as dificuldades que tive com o tratamento com a NPH, e como o controle da doença melhorou com a utilização da insulina lantus: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/processoaudienciapublicasaude/anexo/tratamento_do_diabetes.pdf
Atualmente utilizo a bomba de infusão de insulina, ainda melhor que a lantus, e muito próxima de um pâncreas artificial. Espero que um dia o protocolo do SUS seja atualizado, contemplando todas essas terapêuticas. Enquanto isso não acontece, temos que lutar para tornar efetivo nosso direito à saúde e à vida!
Uma das formas de lutar é não votar em quem prejudica o tratamento dos diabéticos. Conforme estatísticas, somos 12% da população brasileira. Se o atual prefeito de Jacareí perdesse os votos de 12% de seus eleitores, certamente pensaria melhor antes de tomar uma medida como essa.
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