sábado, 2 de outubro de 2010

Boca de Urna - 2a rodada



Assunto: Tomei uma decisão / Vou repassar as informações corretas

Campanha sobre “censura do PT” falsificou notícia

Jornais, redes, sites e canais de TV reproduziram uma mesma matéria dias atrás sobre uma suposta declaração de José Dirceu na Bahia. Segundo a matéria, ele teria “criticado o excesso de liberdade de imprensa no Brasil”. Vídeo com a fala de José Dirceu mostra que ele não só não disse isso, como afirmou exatamente o contrário. “Não existe excesso de liberdade; para quem já viveu em ditadura não existe excesso de liberdade”. Declarações falsificadas ajudaram a alimentar a campanha sobre uma suposta ameaça à liberdade de imprensa no país. Os mesmos órgãos de imprensa que participaram dessa farsa silenciam sobre dois casos concretos de censura, protagonizados pelos tucanos José Serra e Beto Richa.
Os grandes jornais, rádios e redes de TVs do Brasil publicaram dias atrás uma notícia falsa e mentirosa que deu base a uma burlesca cruzada cívica contra uma suposta ameaça à liberdade de imprensa no país, partindo do PT e do governo Lula. No dia 14 de setembro, o jornal O Estado de São Paulo publicou matéria intitulada “Na BA, José Dirceu critica excesso de liberdade de imprensa no Brasil”. Um trecho da “reportagem”:
Em palestra para sindicalistas do setor petroleiro da Bahia, na noite desta segunda-feira, 13, em Salvador, o ex-ministro da Casa Civil e líder do PT José Dirceu criticou o que chamou de “excesso de liberdade” da imprensa. “O problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa”, disse.
As declarações atribuídas a José Dirceu são falsas. Mais grave ainda: ele disse exatamente o contrário: “Não existe excesso de liberdade; para quem já viveu em ditadura não existe excesso de liberdade”.
A mesma matéria falsa e mentirosa foi reproduzida por dezenas de outros veículos de comunicação em todo o Brasil. Algum desmentido? Algum “erramos”? Nada. Do alto de uma postura arrogante e cínica, os editores desses veículos seguiram reproduzindo a “notícia”.
Um outro exemplo, no mesmo contexto da suposta ameaça à liberdade de imprensa que estaria pairando sobre a vida democrática do país. Há dois escandalosos casos concretos de censura registrados na campanha até aqui: ambos foram protagonizados por tucanos. O candidato José Serra exigiu que fossem apreendidos os arquivos de vídeo que registraram sua discussão com a jornalista Márcia Peltier, durante entrevista na CNT. O “democrata” Serra se irritou com as perguntas, ameaçou abandonar o programa e exigiu que as fitas fossem entregues à sua equipe, o que acabou acontecendo. O outro caso ocorreu agora no Paraná, onde o candidato do PSDB ao governo do Estado, Beto Richa, conseguiu proibir na Justiça a divulgação de pesquisas eleitorais.
Onde está a indignação e a ira dos jornalistas, juristas e intelectuais que denunciaram o “mal a ser evitado”? O vídeo acima mostra que as práticas da chamada grande imprensa estão ultrapassando o âmbito da manipulação editorial e ingressando na esfera do crime organizado. É um absurdo que jornalistas que se julguem sérios e que respeitem a profissão que abraçaram sejam cúmplices e/ou omissos diante desse tipo de coisa.
O PT e os partidos e organizações sociais que apóiam a candidatura de Dilma Rousseff poderiam convidar jornalistas internacionais para acompanhar o que está acontecendo no Brasil e divulgar para o resto do mundo esse tipo de prática.
Fonte: Vi o mundo


Quanto aos Programas Sociais:

A análise da proporção de mulheres ocupadas entre 1998 e 2008, segundo a PNAD, revela um aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, passando de 42,0% para 47,2% no conjunto do País (Gráfi co 9.2 e Tabela 9.1).
Vale notar que houve uma redução expressiva da ocupação das meninas de 10 a 15 anos no período mencionado (11,5% para 6,4%), resultado de algumas políticas federais de redução do trabalho infanto-juvenil implementadas na última década tais como: o Bolsa Família e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI.
Em dez anos de realização, o ENEM vem sendo apontado não só como uma notável ferramenta de avaliação, mas também um instrumento que aumenta as oportunidades de ingresso em faculdades particulares para estudantes benefi ciados pelo Programa Universidade para Todos - ProUni, que financia bolsas de 100% e 50%, proporcionalmente ao número de alunos matriculados, como ocorre desde 2005. Nota-se que a confiabilidade do programa tem crescido a passos largos conforme podemos observar pela evolução do número de inscritos no ENEM. O balanço consolidado dos dados mostra que os inscritos no programa vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos. Em 1998, essa soma girava em torno de 157 221 inscritos. Em 2008, esse montante alcançava o patamar de 4,0 milhões. Já em 2009, o total atingia a ordem dos 4,5 milhões (Gráfi co 2.12).
Com relação ao desempenho dos participantes no ENEM 2008, entre todos os concluintes do ensino médio da rede pública, sendo o grupo de alunos com melhor desempenho e em número igual ao de estudantes concluintes da rede privada, observase que a média 71,05 na prova de redação foi conquistada pelo conjunto de estudantes da rede pública, que se saíram melhor do que aqueles da rede privada com a média de 65,35.
Fonte: IBGE


Bolsa Familia:

A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios mais uma vez trouxe boas notícias no que se refere à distribuição de renda no país. Apesar de o Brasil continuar um dos países mais desiguais do planeta, é claro que há uma tendência de queda continuada desde 1999 ou 2001. Melhor que isto, de 2007 a 2008 houve crescimento na renda de todos os centésimos, revertendo a queda registrada na renda dos cinco por cento mais pobres de 2006 a 2007. Uma decomposição fatorial do Coeficiente de Gini aponta para a desconcentração da renda do trabalho como responsável pela maior parte deste movimento, embora as transferências públicas – aposentadorias, pensões, o Benefício de Prestação Continuada e o Programa Bolsa Família – continuem aportando uma forte contribuição.
As transferências governamentais também foram fundamentais: sem as mudanças nestas fontes de renda, a queda na desigualdade teria sido 34% menor. É interessante que se tomamos as transferências governamentais como um todo (previdência, PBC-LOAS e Bolsa Família), as mesmas foram em 1999 levemente regressivas.
As transferências governamentais foram responsáveis por um terço da redução na desigualdade e ainda é possível aumentar sua progressividade para que continuem agindo para gerar uma sociedade mais justa e não mais para reproduzir desigualdades, que é o que ocorreu nas cinco décadas antes do final dos anos noventa.
O acesso ao conjunto intermediário de bens de consumo foi o que mais se expandiu e desconcentrou ao longo do período. Caso o ritmo de expansão se mantenha, pode-se considerar que, em cerca de uma década, ao menos 95% da população contará com fogão, geladeira, rádio, TV, e telefone. Programas sociais que garantam um nível mínimo de renda para os mais pobres, como o Bolsa Família, associados a reduções nas taxas de juros finais para os consumidores, podem colaborar propiciando estabilidade e segurança para que as famílias assumam financiamentos dos itens faltantes nos inventários domésticos.


Com todo respeito ao eminente Ozires Silva, quem defende a manutenção de privilégios e concentração de renda (este é o caso dele) não vota mesmo na Dilma, pois, afinal de contas, os mais ricos não querem perder renda e privilégios, mesmo que seja para beneficiar o país. Esta é a verdade! Por sinal, a Embraer, que foi comandada por ele, teve seu recorde histórico de contratação de funcionários no governo Lula, beneficiando os moradores de São José dos Campos. Então, a aversão dele se refere `a ascensão social das camadas mais pobres. E não precisa de uma desculpa histórica pra perceber isso.

Débora Aligieri

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