Fervendo na panela diuturna
Minha memória está sempre vivida
Minha memória está sempre vivida
Invertida sobre os ombros noturna
Amanhece em meus pés lua crescida
Amor rarefeito em alma soturna
Indescritivel palavra sorvida
Brota morta na boca taciturna
Cala a dor da rotina removida
Onde o branco da casa era fortuna
Reinava a preta paz, a calma lívida
Incluída a inconstância inoportuna
Na semelhança a diferença vívida
Tornada cinza a memória importuna
Pois maior o amor, maior a dívida
Débora Aligieri
Nenhum comentário:
Postar um comentário