terça-feira, 9 de novembro de 2010

BRANCO, PRETO E CINZA

Fervendo na panela diuturna
Minha memória está sempre vivida
Invertida sobre os ombros noturna
Amanhece em meus pés lua crescida

Amor rarefeito em alma soturna
Indescritivel palavra sorvida
Brota morta na boca taciturna
Cala a dor da rotina removida

Onde o branco da casa era fortuna
Reinava a preta paz, a calma lívida
Incluída a inconstância inoportuna

Na semelhança a diferença vívida
Tornada cinza a memória importuna
Pois maior o amor, maior a dívida


Débora Aligieri
poema publicado na Revista Autor de novembro


Monk e Samba

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