quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Democracia `a base de spray de pimenta

Cerca de 70 pessoas que foram retiradas ontem (11) do terreno da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) na zona sul de São Paulo realizam um protesto em frente ao prédio da prefeitura, no viaduto do Chá (centro), nesta quarta-feira. Inconformados com a retirada de suas casas, moradores fecharam a pista expressa da marginal Pinheiros. A PM reagiu com bombas e gás pimenta e conseguiu liberar a via no final da manhã. Paula Takada, 27, que morava na favela e integrante de um grupo cultural que desenvolvia projetos junto à comunidade, afirma que os moradores querem ser indenizados pelo que consideram violência praticada durante a retirada das pessoas de suas casas. 'Chegaram sem avisar, deram dois sacos pretos e mandaram a gente colocar o que tinha dentro. E os que não estavam lá e chegaram só depois do trabalho? Nem tiveram oportunidade de tirar o que tinha', afirma. "Entraram [no terreno] como se estivessem invadindo um presídio em rebelião. Derrubando tudo e arrancando as pessoas", disse. A defensora pública ouviu relatos de moradores, que disseram terem sido retirados das casas com violência e uso desnecessário de spray pimenta.

Fonte: Folha Online
Foto: Daniel Santini - G1

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