sábado, 3 de maio de 2008

Saúde pública: questão de direito, não de dogma

Os resultados do relatório Aborto e Saúde Pública, elaborado por pesquisadores de duas universidades brasileiras - de Brasília (UnB) e do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) - confirmam a posição do Ministério da Saúde de que a interrupção induzida da gravidez é um problema de saúde pública. A avaliação é do diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do ministério, Adson França.
Para o diretor, a informação mais relevante do estudo é que a quantidade de mulheres que abortaram no país, cerca de 3,7 milhões, está bem acima da estimada em pesquisas anteriores, em torno de 1,5 milhão, e foi obtida a partir de questionamentos diretos às mulheres. – O quantitativo de interrupções é muito maior do que a gente falava que existia e que setores religiosos diziam que eram números exagerados – afirmou.
França também destacou a constatação de que mais de 80% das mulheres que praticaram o aborto já eram mães. – Com essa pesquisa, o ministério vai continuar na linha que vem trilhando: fortalecimento do planejamento familiar e amplo acesso gratuito a todos os métodos contraceptivos à população – concluiu.
Para França, o fato de a maioria das mulheres que abortaram ter utilizado métodos contraceptivos, principalmente a pílula anticoncepcional, indica que eles não foram usados corretamente e aponta para a necessidade de aprofundar o trabalho de informação.
Fonte: Jornal Correio do Brasil

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