Primeiro filme de Geoge Lucas, THX é uma ficção científica surpreendente. Retrata um futuro onde os cidadãos apenas produzem e consomem, sem nenhuma reflexão em um mundo que parece uma central de telemarketing gigante. "PRODUZA MAIS, CONSUMA MAIS, E SEJA FELIZ", repete a gravação do orelhão/divã/igreja onde as pessoas recorrem para desabafar.
Para enfrentar a pressão por "resultados" que essa sociedade exige, drogas são largamente utilizadas, deixando um mar de pessoas totalmente anestesiadas, sem tesão e sem consciência. O "estado" fornece e obriga o uso dessas drogas, arrestando quem não segue a cartilha por "crime farmacológico" e os condenam a um fim trágico, de acordo com os custos operacionais.
No filme acompanhamos a trajetória de THX1138 (Robert Duvall), que se desajusta e embarca em uma aventura para fugir desse labirinto tecnológico.
A ironia é que o revisionismo que assola a obra de George Lucas e seu compadre Spielberg, criou uma versão "atualizada", com cenas em computação gráfica atual, alterando a obra, além da divulgação de um trailer totalmente enganoso, vendendo a idéia de mais uma historinha de amor, quando o filme trata da liberdade incondicional.
Uma homenagem do diretor ao seu primeiro filme é o batismo de seu sistema de som surround. THX
Fica então a sugestão: deliciemo-nos com o curta original, trabalho de faculdade do diretor, que antecedeu todos esses eventos traumáticos.
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