sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Os próximos premiados serão os envolvidos no massacre do Carandiru ...

Um projeto de lei apresentado na Assembléia Legislativa de São Paulo prevendo indenização para policiais militares que atuaram no período da ditadura militar (1964-1985) causa polêmica entre entidades de defesa dos direitos humanos. A propositura número 736/07, de autoria do deputado estadual Edson Giriboni (PV), assegura a promoção ao posto imediatamente superior de oficiais e praças da PM que estavam no serviço ativo entre 31 de março de 1964 e 15 de agosto de 1979.
O projeto faz uma ressalva, segundo a qual não se aplica a indenização “àqueles que praticaram ou ordenaram a prática de tortura naquele período”.
“Boa parte dos torturadores do período até hoje não foram identificados. Como vamos fazer para saber se o pleiteante não era um torturador, que cometeu crimes contra a humanidade" questiona o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves. Para Castro Alves, o projeto é “equivocado e absurdo”, além de nem sequer existirem critérios para definição dos agraciados.
O projeto já passou por três sessões e ainda pode receber emendas antes de chegar às comissões de Justiça e Cidadania, Finanças e Segurança. De acordo com cálculos do subtenente Oliveira, cerca de 3,5 mil policiais na ativa e 52 mil reformados que serviram no período poderão ser beneficiados .

Fonte: O Estado de São Paulo

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