terça-feira, 9 de outubro de 2007

Fidelidade e camisa-de-força


O senador Cristovam Buarque (PDT/DF), em sessão na última sexta-feira, falou sobre fidelidade partidária e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Disse que às vezes um doente precisa de camisa-de-força, mas não cura ninguém. Fez assim comparação com a decisão do STF, na quinta passada. Tive uma pontinha de esperança ao ouvi-lo – apesar do pessimismo reinante – no futuro (nem que seja no da minha neta).
Os partidos hoje não passam de uma sigla, disse o senador, e proibir a troca não é a solução para o principal problema que a política brasileira enfrenta. E lembrou de quando ele e a ex-senadora Heloísa Helena (hoje presidente nacional do PSOL) deixaram o partido.
O que todos nós – pelo menos os que se interessam – sabemos, e que Cristovam Buarque ressaltou várias vezes, é de que nenhum partido mantém hoje seus princípios originais. Todos os partidos mudaram. Mudaram por privilégios políticos, mudaram por adequação histórica. Mudaram! Proibir a mudança partidária é colocar uma camisa de força, disse ele. “Quem é mais fiel ao partido, quem saiu do PT logo que alcançou a governabilidade ou os que ficaram?”
Foi o último discurso da casa.

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