terça-feira, 23 de outubro de 2007

A universalidade do consumo e do abandono institucional

O número de assassinatos de índios guaranis e caiuás neste ano em Mato Grosso do Sul, registrados até agosto, chegou a 27, ou seja, quase o dobro do verificado durante todo o ano passado, quando ocorreram 14 homicídios nas aldeias. Além dos casos de assassinatos, há suicídios por enforcamento entre os guaranis e os caiuás, sendo 21 neste ano até o mês de agosto.
Os agentes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), no entanto, afirmam não ter como combater a violência nas aldeias. Na região sul do Estado vivem 36.843 guaranis e caiuás. A Funai (Fundação Nacional do Índio) mantém apenas quatro seguranças nas aldeias de Dourados, que abrigam 11.198 índios e onde ocorreram pelo menos 12 homicídios neste ano. O alcoolismo está diretamente relacionado com os assassinatos. Na maioria dos casos, os índios que matam ou são mortos estão bêbados. Uma outra preocupação do órgão é o uso de drogas. A falta de terra - em Dourados 10,6 mil índios vivem em apenas 3.500 hectares - e o alcoolismo são apontados por antropólogos como causas dos suicídios. A bebida também leva pais indígenas a abandonar o cuidado com crianças desnutridas, levando à morte os indiozinhos. Lideranças indígenas atribuem a desnutrição ao atraso na entrega de cestas básicas do governo federal.

Fonte: Midiamax

Nenhum comentário:

Postar um comentário